Mae! Eu ja li a Biblia toda varias vezes. E a conclusao que cheguei e que a missao de todos nos, aqui na terra, e amarmos uns aos outros!
HUGO MAGNO DE BARROS GIUBERTI
Desceu a terra em 10/09/85 e Subiu ao ceu em 20/08/07

domingo, 11 de maio de 2008

DIA DAS MAES de 2008





Hoje e o Dia das Maes de 2008.

Tive medo desse dia durante os 15 dias que o antecederam.
Achei realmente que iria acordar pessima, e cheia de desanimo. Com muita, muita saudade de meu filho, e dos mimos, abracos e beijos que ele me dava nos dias iguais a esse, enquanto estava na terra.
Pela manha, tive medo de levantar. Tive medo de abrir os olhos e ver a realidade. De nao ouvi-lo bater na porta do meu quarto, como fazia.
Tive medo de me desesperar. De chorar.
Tive medo de ter medo.
O sol entrou antes de qualquer filho no meu quarto. E ele brilhava.
Meu irmao veio rapido em minha casa com um buque de flores. Entrou no meu quarto , entregou -me as flores, abracou-me e desejou-me um FELIZ DIAS DAS MAES.
Meu filho menor, de 12 anos, entrou em seguida. Jogou-se encima de mim, ainda deitada dizendo o mesmo: FELIZ DIAS DAS MAES.
Hygor esta trabalhando, saiu cedo, portanto nao veio ainda me felicitar.
Continuei assim deitada, morrendo de medo de levantar e nao ver Huguinho em casa. De olhos fechados virei o corpo para o lado e senti o cheiro do buque de flores que meu irmao deixou ao meu lado.
O cheiro fez me lembrar de morte. De velorio. De funeral. E automaticamente lembrei-me da realidade e vi que nao podia continuar deitada esperando Hugo bater na porta de meu quarto.
Entao, assim, deitada, paralizada, orei pelos meus filhos dizendo: Senhor, guarda os meus filhos Hygor e Hyuri, pois Hugo ja nao corre risco de sofrer.
Nesse momento abri os olhos e meditei:
De fato! Hugo nao sofre mais, e nao corre mais o risco de sofrer. Ele esta guardado por Deus.
Sendo assim agradeci a Deus, por guardar meu filho das decepcoes da vida. E descobri ali deitada e de olhos abertos, que por isso tenho um motivo muito especial para ter de fato UM FELIZ DIA DAS MAES.
Meu filho esta feliz. Esta com Deus. Esta guardado. E esse e um motivo de alegria, e nao de tristeza.
Levantei-me da cama olhando para dentro de mim, e observando as minhas reacoes diante o dia de hoje.
Descobri que nao estou triste. Que nao precisava ter medo...Que Deus cuida!
Sentei-me na varanda, com o rosto debaixo do sol e vi tres passarinhos pousados nos fios. Meus tres filhos.
Curiosamente um deles estava acima dos outros dois passarinhos. Num fio acima.
Representava Hugo.

Os dois passarinhos pousados no fio abaixo em dado momento desceram ao chao. E aquele que estava sozinho permaneceu ali, cantando...e volta e meia me olhava.
Fiquei ali olhando para eles, e tentando entender porque dois passarinhos preferiram descer ate o chao, ao contrario do que eu esperava, pois imaginava que a qualquer momento iriam voar ao ceu.
Fiquei tentando imaginar porque o passarinho que permaceu pousado no fio nao desceu com os amiguinhos, e ficou ali cantando ate decidir voar ao ceu.

Observei que na verdade aquele passarinho que decidiu subir ao ceu , fez o percurso normal da vida. Nao e natural que passaros permanecam na terra, e sim no ar.

Meditei naqueles tres passarinhos e pensei o quanto para nos e dificil aceitar o percurso natural da vida. Nascemos e morremos...

Foi curioso ver que passaros algumas vezes decidem pousar no chao. Abaixo do patamar que ja estao, quando tem asas.

Lembrei-me que desde crianca Hugo insistia que seres humanos podiam voar fazendo travessuras, como subir encima de nossa casa.

E o passaro Hugo ficou ali no fio parado ate seguir o percurso natural dos passaros, que e voar.

Enquanto os outros, que decidiram descer ao solo. Aonde eu estava, na verdade nao eram eles que seguiam o seu destino.

No cartao acima. Escrito por Hugo e Hygor em 1993. Quando eu ja havia imigrado para USA, ele diz: JESUS ESPERA POR NOS COM MUITA MISERICORDIA.
E foi pela misericordia de Jesus que meu filho Hugo subiu ao ceu, e Jesus nao espera mais por ele.

NO entanto continua esperando por mim, e por Hygor.

Esse e o percurso natural da vida...

Um dia...
Um dia, voaremos tambem ate o ceu e nos encontraremos com Jesus.

O meu Dia das Maes, surpreendentemente tem sido feliz sim!. Porque nao ha nada mais gratificante do que saber que um filho subiu ao ceu. E nao desceu abaixo do solo. Nas profundezas do inferno.

Entregar um filho a Deus, e muito mais do que entrega-lo a morte. E da-lo vida eterna!
E ensina-lo que Jesus e o unico caminho.
E orienta-lo na sua vida crista.
E entrega-lo a Deus, muito antes da morte chegar.

Entregar um filho a Deus, e devolve-lo apenas e tao somente.
Nada mais...

Bendito seja Deus por ter aberto as portas do ceu para meu filho, Hugo Giuberti.

Senhor eu te amo cada dia mais.

1 Comment:

Anônimo said...

Querida Lucilia, li a tua mensagem no fórum bipolaridade e quero dizer-te que sinto muito, muito pelo teu filho, não tenho jeito para estas coisas, mas quero-te deixar um beijo cheio de carinho e dizer-te que ele estará sempre vivo e contigo no teu coração. Vive como se ele estivesse sempre presente, porque está embora ela tenha uma outra forma mais subtil e invisivel para os teus olhos. É o melhor amor que lhe podes dar.

Uma parábola Budista
semente da mostarda


--------------------------------------------------------------------------------

Um opulento comerciante ficara profundamente aflito ao verificar, um dia que todas suas moedas e barras de ouro haviam se transformado em carvão da noite para o dia, e recolhera-se ao leito sem mais querer alimentar-se, pois preferia a morte à indigência.

Um amigo seu, informado do acontecido, foi visitá-lo e ao ouvir-lhe a causa de seu sofrimento, ponderou-lhe:

-Teu ouro transformou-se em carvão porque não aplicaste bem tua riqueza. O ouro avaramente acumulado não vale mais do que o carvão. Mas ouve um conselho: estende teus tapetes no bazar, põe-lhes em cima o carvão e vende-o.

O mercador seguiu o conselho de seu amigo, e quando os vizinhos lhe perguntaram por que vendia carvão, respondia:

-É a única coisa que possuo.

Algum tempo depois, uma jovem órfão e pobre, chamada Krisha Gotami, passou pelo bazar do mercador e lhe perguntou:

-Meu senhor; vendes também estes montões de ouro?

O mercador respondeu-lhe:

-De que ouro falas? Onde está?

Krisha Gotami pegou uns pedaços de carvão, que na vista do mercador se transformaram em ouro.

O mercador supôs que Krisha Gotami possuísse clarividência mental, e a casou com seu filho, pensando consigo mesmo: "Para muitas pessoas o ouro não vale mais que o carvão: mas Krisha Gotami transmuda o carvão em ouro."

Krisha Gotami teve um filho e este morreu. Transida de dor, ia com o filho morto de casa em casa, pedindo um remédio, e as pessoas diziam:

-Está doida: a criança está morta."

Finalmente, Krisha Gotami encontrou um camponês que respondeu sua súplica dizendo:

-Não posso dar um remédio para a criança, porém sei de um médico capaz de o dar.

E Krisha Gotami respondeu:

-Suplico-te que me digas quem é.

-Vai ver o Buda.

Krisha Gotami foi ver o Iluminado e exclamou, chorando:



-Senhor meu e mestre. Meu filho estava brincando entre as flores e tropeçou numa serpente que se enroscou no seu braço. Ficou logo pálido e silencioso. Não posso aceitar que ele deixe de brincar ou que deixe o meu colo. Senhor meu mestre, dá-me um remédio que cure o meu filho.

O Iluminado respondeu:

-Sim irmãzinha, há uma coisa que pode curar teu filho e a ti, se puderes consegui-la, porque os que consultam os médicos tomam o que lhes é receitado. Procura uma simples semente de mostarda preta, porém só deves receber de uma casa onde nunca tenha entrado a morte, onde não tenha ainda morrido pai, mãe, filho nem filha, nem irmão, nem irmã, nem escravo nem parente.

Aflita, Krisha Gotami foi de casa em casa pedindo o grão de mostarda. As pessoas se compadeciam dela e lhe davam, porém, quando ela pergunta se já tinha morrido alguém naquela casa, lhe respondiam:

-Ah! Poucos são os vivos e muitos os mortos. Não despertes nossa dor.

Agradecida, ela lhes devolvia a mostarda e dirigia-se a outros que lhes diziam:

-Aqui está a semente, porém já morreu nosso escravo.

-Aqui está a semente, porém o semeador morreu entre a estação chuvosa e a colheita.

E não encontrou nenhuma casa onde não tivesse morrido alguém.

Krisha Gotami voltou chorosa para o Iluminado dizendo-lhe:

-Ah! Senhor, não pude encontrar mostarda em casa onde não tivesse havido morte. Então, entre as flores silvestres, na margem do rio, deixei meu filho que não queria mamar nem sorrir, e volto para ver teu rosto e beijar teus pés suplicando-te que me digas onde encontrar essa semente, sem deparar ao mesmo tempo com a morte, pois, apesar de tudo não posso crer na morte de meu filho, como todos me disseram e temo tenha acontecido.

O mestre respondeu-lhe:

-Minha irmã, procurando o que não podes encontrar, achaste o amargo bálsamo que eu queria dar-te. Sobre teu seio, o ser que amas dormiu hoje o sono da morte. Agora já sabes que todo mundo chora uma dor semelhante à tua. O sofrimento que aflige todos os corações pesa menos do que se concentrado num só. Escuta! Derramaria eu meu sangue se, derramá-lo pudesse deter tuas lágrimas e descobrir o segredo de o amor causar angústia e através de prados floridos conduzir-vos ao sacrifício, qual mudos animais conduzidos por seus donos. Nenhum nascido pode evitar a morte. Assim como os frutos maduros caem da árvore, assim os mortais estão expostos à morte desde que nascem. A vida corporal do homem acaba partindo-se como a vasilha de barro do oleiro. Jovens e adultos, néscios e sábios, todos estão sujeitos à morte. Porém, o sábio que conhece a Lei não se perturba, porque nem pelo pranto nem pelo desânimo obtém a paz, mas pelo contrário, isso tudo aviva as dores e os sofrimentos do corpo. A morte não faz caso de lamentações. Morre o homem, e seu destino está determinado por suas ações. Embora viva dez ou cem anos, acaba o homem por separar-se de seus parentes ao sair deste mundo. Quem deseja a paz da alma, deve arrancar de sua ferida a flecha do desgosto, da queixa, da lamentação. Feliz será aquele que consegue vencer a dor. Sepulta tu mesma o teu filho.

Extenuada pela dor, Krisha Gotami sentou-se à beira do caminho, pôs-se a meditar no silêncio do entardecer e disse consigo: "Quão egoísta sou eu em minha dor! A morte é o destino comum de tudo quando vive. Porém, neste vale desolado há um caminho que conduz à imortalidade - aquele que elimina de si todo egoísmo.

E sufocando o amor egoísta que sofria por seu filho, enterrou-o no bosque. E foi logo refugiar-se no Iluminado, e encontrou consolo que alivia o coração dilacerado pela dor.

d