A cruz prateada reluzente.

Que estranho o sonho que tive noite passada.
O sonho se passou num mesmo lugar que ja havia sonhado antes de Deus levar meu filho.
La haviam duas portas, num lugar ermo, de chao batido.
Uma porta estava situada a frente dos meus passos.
A outra ao lado esquerdo do meu corpo que caminhava a frente em direcao a outra porta.
La dentro havia um medico. Era um consultorio medico.
Eu estava levando Hyuri ali para ser cuidado por tal medico.
Em seguida chegou minha cunhada Zena, com meus dois sobrinhos, Gabriel e Vitoria. Ambos estavam vestidos com armaduras.
Hyuri nao estava assim, mas trajava roupas brancas.
Como desde a gravidez de Hyuri sonho com frequencia com a sua morte. Ao acordar orei sobre isso.


Noite passada eu fui ao mesmo lugar enquanto dormia, mas dessa vez entrei na porta que estava a esquerda do meu corpo.
Ao abri-la vi que se tratava de um cemiterio.
Eu entrava ali ciente que meu filho Hugo, ja havia morrido. Entao pensei em voltar por varias vezes. Tinha medo de ver o nome do meu filho em um dos tumulos. Assim como acontece na vida real, pois ainda nao voltei no cemiterio que seu corpo foi sepultado.
Resolvi voltar, mas enquanto caminhava para a porta de saida, meus pes foram presos por alguma coisa.
Olhei para baixo e vi que se tratava de um manto vermelho.
Olhei para tras novamente e vi um tumulo entre outros, e diferente dos demais.
Encima dele havia uma grande cruz prateada e reluzente.
Tive medo de me aproximar de tal tumulo, muito medo, mas a minha curiosidade era maior do que meu medo.
Voltei novamente a minha cabeca em direcao a porta de saida, mas alguma coisa me fazia olhar para tras enquanto ainda pisava no manto vermelho.
Olhava para tras varias vezes e em todas as vezes a grande cruz prateada e reluzente me chamava a atencao.
Enfim me aproximei do tumulo enfeitado com a cruz reluzente.
E ali li escrito com letras grandes e nitidas.
JESUS DE NAZARE.
Notei que a tampa desse tumulo havia sido movida.
No lugar do corpo de Cristo nao via nada.
Acima da tampa movida havia uma faixa branca com alguma coisa escrita que nao pude ler, mas sabia que o corpo de Cristo nao estava ali.
No meu coracao entendi que , uma vez que se o corpo de Cristo nao estava ali, o corpo de meu filho, Hugo, tambem nao estava no seu tumulo.
Entao caminhei em direcao ao tumulo do meu filho, mas nao sabia aonde estava, entre tantos outros tumulos.
Enquanto caminha, ainda assustada. Olhava para outros tumulos e notava que muitos tambem tinha as tampas movidas.
Toda tampa era movida para a direita. Nenhuma estava movida para a esquerda.
Eu nao podia ler os nomes que estavam escritos nos tumulos que olhava. Notava apenas que suas tampas estavam movidas.
Parecia-me que nao havia nomes em nenhum deles. Estavam todos apagados.
Eu sabia que ja houveram nomes escritos ali, pois notava que haviam sido apagados.
Continuei procurando o tumulo de Hugo.
O encontrei...
Sua tampa tambem estava movida . Vi que seu corpo nao estava ali.
Na tampa de seu tumulo tambem nao havia o seu nome .
Notei que seu nome tambem fora apagado dali.
E por cima da tampa alguem havia escrito o mesmo nome que li na tampa do tumulo que tinha uma grande cruz prateada reluzente...
Jesus de Nazare.
Sai em direcao a porta de saida.
Antes de fechar a porta por de tras de mim. Olhei de novo para baixo e vi novamente o manto vermelho.
Enfim fechei a porta deixando o cemiterio com um manto vermelho bem na entrada e na mente a imagem da grande cruz reluzente prateada e caminhei em direcao ao meu destino.